Fraturas em antebraço e braço

As fraturas de antebraço e braço são por conceito fraturas diafisárias (termo utilizado para definição da região dos ossos longos que interliga duas articulações) que acometem respectivamente rádio e ulna para antebraço, e úmero para braço.

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FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO

QUEM PODE SOFRER UMA FRATURA DO ÚMERO?

Representam 1-2% de todas as fraturas do esqueleto humano, acometendo de forma igual homens e mulheres até os 60 anos. Em pacientes mais idosos a proporção é de 80% dos casos em mulheres, sendo decorrentes principalmente de quedas simples em atividades diárias.

QUAIS OS TIPOS DE FRATURA?

Representam 1-2% de todas as fraturas do esqueleto humano, acometendo de forma igual homens e mulheres até os 60 anos. Em pacientes mais idosos a proporção é de 80% dos casos em mulheres, sendo decorrentes principalmente de quedas simples em atividades diárias.

Além do acometimento ósseo, em aproximadamente 10% dos casos, existe lesão do nervo radial, caracterizada pela incapacidade de extensão do punho e dedos, bem como uma redução de sensibilidade em metade radial do dorso da mão.

COMO É REALIZADO O DIAGNÓSTICO?

  O diagnóstico é estabelecido após coleta da história do ocorrido, do exame físico realizado pelo ortopedista e de radiografias do segmento. Em casos específicos a tomografia computadorizada se faz necessária, tanto para melhor entendimento da fratura, quando para planejamento do tratamento.

QUAL O TRATAMENTO PARA FRATURA DO ÚMERO?

Historicamente o tratamento de escolha era o conservador, fundamentado nos estudos clássicos de Sarmiento: imobilização e posterior migração para uma órtese funcional, que permite a mobilização do cotovelo e ombro. Com a modernização dos implantes e técnicas cirúrgicas, a cirurgia passou a ganhar maior destaque e ter resultados mais previsíveis, com recuperação e retorno às atividades mais rápidos.

Diferentes técnicas cirúrgicas existem para essas lesões, podendo-se lançar mão de abordagem direta para fixação rígida com placa e parafuso ou técnicas minimamente invasivas como as placas em ponte e hastes intramedulares. A cirurgia, como regra geral, dispensa o uso de imobilizações, e permite mobilização precoce do braço.

QUAIS AS TÉCNICAS MINIMAMENTE INVASIVAS DISPONÍVEIS

  Técnicas minimamente invasivas ganham cada vez maior destaque na traumatologia, prezando pelo respeito aos tecidos e a biologia local, são realizadas por incisões pequenas e possibilitam uma recuperação mais rápida. Dentre as duas principais técnicas estão a placa em ponte anterior e a haste intramedular. A placa com técnica em ponte foi inicialmente descrita pelo professor Belangero, da Unicamp, e preconiza duas pequenas incisões anteriores no braço, com passagem da placa de maneira submuscular e fixação com parafusos. A haste intramedular, por outro lado, tem entrada pelo ombro com pequenas incisões para introdução do implante e parafusos de bloqueio de rotação. A haste ocupa a medular óssea (parte interna do osso), tendo vantagens biomecânicas, principalmente em fraturas com osteoporose ou baixa qualidade óssea.

FRATURA Dos ossos do antebraço

COMO SE ORGANIZA A REGIÃO DO ANTEBRAÇO

O antebraço possui um papel importante nas atividades da vida diária através do posicionamento da mão no espaço. Arco de movimento composto pela flexão e extensão cotovelo e punho; e prono-supinação. O arcabouço ósseo é composto por dois ossos: rádio e ulna, que se articulam entre si e com estruturas adjacentes – ossos do carpo na mão e úmero no braço. Fraturas que envolvem essa região anatômica podem gerar graves restrições funcionais se não tratadas adequadamente.

QUEM É MAIS ACOMETIDO

  A maioria das fraturas do antebraço ocorrem em pacientes jovens do sexo masculino como decorrência de traumas de maior energia: acidentes automobilísticos, quedas de altura ou lesões esportivas. A apresentação inicial pode ser dramática, com deformidades grosseiras, principalmente em fraturas envolvendo rádio e ulna.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é baseado em exames de imagem, tendo como cuidado a inclusão de, ao menos, uma articulação acima e uma abaixo do nível principal. Lesões associadas não são incomuns, e em algumas ocasiões recebem epônimos específicos: Fratura de Galeazzi se refere a fratura da diáfise do rádio associada a luxação da articulação rádio-ulnar distal (ARUD); enquanto que a fratura da diáfise da ulna associada a luxação ou fratura-luxação da cabeça do rádio recebem o nome de Monteggia.

A gravidade do quadro se relaciona diretamente com a energia do trauma, e consequentemente com o grau de fragmentação óssea e comprometimentos de tecidos moles. Avaliação do status neurológico é fundamental, bem como um bom exame perfusão e status vascular; e compõem as variáveis preditoras de desfechos clínicos.

Quais os tratamentos disponíveis

O tratamento via de regra é cirúrgico; as forças musculares deformantes atuando sobre os segmentos fraturados é fator fundamental nos maus resultados do tratamento conservador. O antebraço tolera muito pouco desvios angulares e rotacionais, e exige um posicionamento mais próximo do anatômico para que haja boa função clínica. O método de fixação de escolha são as placa e os parafusos, implantes pré-moldados para se adaptarem às estruturas anatômicas e são introduzidos através de incisões cuidadosas e planejadas.

Após a cirurgia, a mobilidade de cotovelo, punho e dedos é estimulada de forma precoce, e a reabilitação inicia através da interação próxima de cirurgião e fisioterapeuta

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